quinta-feira, 26 de junho de 2008

Como evitar ser assaltada, pedindo com jeitinho

Mais uma vez eu enrolei um tempo incrível para postar no blog, mas, como não tenho aula amanhã e só estou falando com três pessoas no msn, resolvi atualizar essa joça.
Enfim, em uma linda sexta-feira de sol, Paula me chama para beber (meu Deus, por que as pessoas só me chamam para beber?) e eu resolvi atender o seu pedido pois sou muito atenta às necessidades de meus amigos.
Compramos uma garrafa de Therezópolis (Therezópolis não é considerada cerveja, é algo muito além disso) e duas latinhas de Ice (vermelha pra ela, preta para mim) e fomos para o Campo de São Bento, pois não sabíamos onde poderíamos beber sem ser no meio da rua ou debaixo do nariz da mãe dela, que não sabe o quanto sua filha a engana!! (Reconhecem uma certa blogger também?)
Ao chegar lá, Paula fala: "Vi no Jornal ontem que estavam assaltando muitas pessoas aqui". Eu, muito educada, respondo: "Foda-se, eles não vão pegar a gente". E, assim procuramos um lugar afastado onde não houvessem crianças para serem influenciadas por nossa ação (Na verdade eu daria um soco em uma se pedisse um gole, mas pais olhando irritados para duas garotas que aparentavam 14 anos bebendo seria muito mais encômodo).
Quando acaba a nossa Therezópolis, eu saco o celular do bolso (sempre quis usar esse verbo, parece que eu tirei o celular com algum estilo) e começo a gravar os pensamentos de Paula (Sim, pois mesmo que só tenha bebido meia Therezópolis, ela estava caindo. E quem conhece Paula bêbada, sabe que o que ela fala é exatamente o que está pensando) quando eis que surge ele! Um tipinho estranho, preto, feio e magrela (não é preconceito, é a descrição perfeita), numa bicicleta velha. Jogo minha bolsa no colo e escondo o celular antes que ele chegue. Ele fala: "Estou esperando a minha namorada. Aqui é o Campo de são Bento, né?"
Eu confirmo e olho pra Paula tentando sinalizar que queria sair dali. Infelizmente, o único sinal que ela mandava dizia, o melhor, gritava "Estou bêbada". Ele, então, disse calmamente: "Eu só quero o celular e o dinheiro" e levantou a blusa para mostrar uma arma (que deveria ser prateada, mas estava coberta de manchas amarelas). Segurei meu impulso de perguntar se era algum tipo de sacanagem e, como estava um tanto alta, falei "Moço, por favor não assalta a gente!"
Deu pra ver na hora a cara que ele fez como quem diz "Fudeu". Ele olhou pros lados e viu um velhinho sentado na mesa atrás da nossa. Falou "Tá tranqüilo, eu só estou esperando a minha namorada" ao que eu perguntei "Então, a gente pode ir embora,né?" e ele fez uma cara ainda mais desesperada e sumiu com a bike. Ainda ouvimos uma puta bronca do velhinho e continuamos rodando por Icarai, eu bebendo as duas Ices, quando encontro a minha prima! Fomos a casa dela, onde fizemos Paula comer açúcar e ela ainda dormiu no sofá.

Giovanna em oferta!















Pois é, agora eu realmente cheguei ao fundo do poço.